Xuxa com Pelé: hoje, jogadores preferem celebridades prontas (foto: arquivo pessoal)
Por Odisseu Kapyn
É fato que no mundo das celebridades de hoje, os jogadores de futebol são figuras importantíssimas. Há alguns anos, eles não eram tão famosos. Quer dizer, quem se ligava em futebol sabia quem era aquele sujeito se desse de cara com ele ou citassem seu nome. Mas era difícil um cidadão de classe média passar por um jogador na rua, já que os craques muitas vezes moravam mal, em comunidades afastadas. Ganhavam pouco. Mas o tempo foi passando, o futebol virou uma máquina milionária e os caras começaram a faturar mais alto.
Ao mesmo tempo que o esporte bretão se profissionalizou e enriqueceu, o culto às celebridades foi ganhando corpo. Aí, é claro, não tinha como os dois universos se cruzarem, fazendo de alguns jogadores verdadeiros pop stars. Nada contra. Afinal, os jogadores têm muito mais talento do que o sujeito que simplesmente ficou alguns meses falando besteira dentro de uma casa trancada e aparelhada com câmeras escondidas.
Mas hoje os jogadores de futebol estão criando um problema sério de desequilíbrio no ecossistema das celebridades. E tudo tem a ver com sua procriação, que saiu dos eixos habituais. Vejam bem a situação e acompanhem o intrincado raciocínio, que carece de atenção do leitor, além de um certo conhecimento de mídia (mas nada com que todos nós já não estejamos acostumados).
Jogador de futebol bem sucedido sempre teve direito de pegar mocinhas bonitas, como qualquer pessoa de dinheiro. Eles faziam isso com Marias Chuteiras, namorando e até casando com beldades que se tornariam conhecidas apenas como a mulher do craque Fulanílson. Era mais uma forma de distribuição de renda através do futebol, beneficiando não só o pobre sujeito bom de bola, mas também a pobre gostosa boa de cama.
Mas hoje os jogadores de futebol estão criando um problema sério de desequilíbrio no ecossistema das celebridades. E tudo tem a ver com sua procriação, que saiu dos eixos habituais. Vejam bem a situação e acompanhem o intrincado raciocínio, que carece de atenção do leitor, além de um certo conhecimento de mídia (mas nada com que todos nós já não estejamos acostumados).
Jogador de futebol bem sucedido sempre teve direito de pegar mocinhas bonitas, como qualquer pessoa de dinheiro. Eles faziam isso com Marias Chuteiras, namorando e até casando com beldades que se tornariam conhecidas apenas como a mulher do craque Fulanílson. Era mais uma forma de distribuição de renda através do futebol, beneficiando não só o pobre sujeito bom de bola, mas também a pobre gostosa boa de cama.
Ora, quem era Mônica Santoro antes de conhecer Romário? Foi só graças ao Baixinho que a moça chegou a ter um programa na TV. E, pelo amor de Deus, quem era Xuxa antes de ser mais um dos mais de mil gols de Pelé?
Mas, ultimamente, os atletas passaram a pegar mulheres já famosas, desde dançarinas até apresentadoras de TV. Os jogadores estão entrando definitivamente para o clubinho VIP das celebridades. Isso é péssimo para nosso ecossistema, está causando um desequilíbrio que precisa ser denunciado e combatido.
Mas, ultimamente, os atletas passaram a pegar mulheres já famosas, desde dançarinas até apresentadoras de TV. Os jogadores estão entrando definitivamente para o clubinho VIP das celebridades. Isso é péssimo para nosso ecossistema, está causando um desequilíbrio que precisa ser denunciado e combatido.
Ora, se antes uma desconhecida beldadezinha qualquer quisesse tirar o pé da lama desposando um jogador de passe valorizado, bastava aparecer nos pontos de abate habituais desses predadores, como boates e churrascarias. Agora elas vão precisar primeiro se tornar famosas para só então poderem chegar até os atletas. Isso gera a necessidade de um número ainda maior de famosos nos cenários, acentuando o desequilíbrio de nosso já frágil meio ambiente, saturado de pessoas conhecidas pelo público.
Assim, para que cada craque encontre sua parceira – não apenas para cópula, mas para procriação –, será necessário que surjam, digamos, seis ou sete novas celebridades de status mediano (os estudos ainda não estão em estágio avançado e o número é impreciso). A mídia já encontra dificuldades em construir todas essas novas celebridades para servir à cama dos jogadores.
Assim, para que cada craque encontre sua parceira – não apenas para cópula, mas para procriação –, será necessário que surjam, digamos, seis ou sete novas celebridades de status mediano (os estudos ainda não estão em estágio avançado e o número é impreciso). A mídia já encontra dificuldades em construir todas essas novas celebridades para servir à cama dos jogadores.
Uma das formas encontradas pela indústria foi transformar simples modelos e manequins em gente famosa, chamando-as de top model. Muitas chegaram a cruzar e até desposar nossos craques, mas já há riscos de que elas não dêem vazão. A indústria dos ex-BBBs também já está tendo seus recursos esgotados.
Ou criamos uma nova categoria de “profissionais famosas” (há propostas de transformarem as melhores atendentes de telemarketing em novas celebridades), pondo em risco a capacidade de tolerância do público, ou voltamos com os hábitos antigos dos jogadores.
Ou criamos uma nova categoria de “profissionais famosas” (há propostas de transformarem as melhores atendentes de telemarketing em novas celebridades), pondo em risco a capacidade de tolerância do público, ou voltamos com os hábitos antigos dos jogadores.
Eu voto pela segunda opção, num processo que poderia contar com a reeducação sexual dos craques, deixando-os isolados por um tempo em casas trancadas com câmeras, em convívio apenas com Marias Chuteiras. Dali, o craque só sairia ao casar e engravidar a moça. As fitas com o registro das cenas seriam postas à venda, é claro.
Odisseu Kapyn acredita na capacidade das profissionais do ramo. Ganhou fama no Cocadaboa. Hoje, escreve na Revista M... e no blog Humor Marrom, e faz comédia stand-up com o grupo Ponto Cômicos na Casa da Piada, em Copacabana. Faz suas gracinhas aqui aos domingos.
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