quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A Copa do Rio Grande

Cícero Ramalho continua firme e forte no Baraúnas (foto: O Globo)

Por Márcio Menezes

Sabia que existe um lugar fantástico dentro do Brasil? É. Um lugar especial para a prática do futebol, onde se disputa um torneio cheio de peculiaridades. Nele existem grandes rivalidades – no interior e na capital, craques e times igualmente alternativos e fatos para lá de inesperados. Aqui, o América de Natal consegue aplicar goleadas!

Estamos falando da Copa RN, torneio promovido pela Federação Potiguar e que chega a sua quarta edição em 2007. Pela primeira vez, a competição é disputada em separado ao Campeonato Estadual. Nove clubes iniciaram em meados de outubro a luta pelo caneco, que vale vagas na Copa do Brasil e na Série C do Brasileirão do próximo ano.

Os poderosos do estado, ABC e América, vivem momentos opostos. O Alvinegro tem brilhado e briga para ascender à Série B após ter chegado ao temido octogonal da Terceirona. Já os rubros têm lugar garantido na B em 2008, após a pífia participação na elite do futebol nacional nesta temporada. Entretanto, na Copa RN, a coisa muda de figura: na estréia, no último dia 16, o Mecão goleou o rival impiedosamente por 5 a 1.

No interior, a disputa parece ser ainda mais acirrada. O destaque maior vai para o clássico de Mossoró, entre Baraúnas e Potiguar. O primeiro conta com um craque-alternativo-sagrado, o quarentão Cícero Ramalho, que já destruiu o Vasco em São Januário e desfruta de status de Deus no futebol local. Para rivalizar com Ciço, chegou Clodoaldo, o baixinho bom-de-bola do futebol cearense, que se perdeu no álcool após ganhar projeção e vinha jogando futsal. Seu companheiro de ataque também é alternativo: Sérgio Alves, ex-muitos, mas muitos times, que já fez a alegria de diversas torcidas nordestinas.

A única coisa que não muda muito da Copa RN para o mundo dos incluídos da bola é o fracasso do Timão. Lá também há Corinthians mal colocado na tabela. O homônimo do gigante paulista, da cidade de Caicó, que já foi campeão estadual (2001), é o lanterna do Grupo B após um empate contra o Macau e uma derrota para o ASSU. Haja coração!

Pô, era um pay-per-view desses que eu queria...

América Mineiro perto de nova eliminação

A coisa não anda boa para o Coelho. O time, que vai disputar a Segundona do estado em 2008, está em situação difícil na Taça Minas Gerais. A derrota por 3 a 1 para o Tupi, em Juiz de Fora, pelo primeiro jogo das semifinais da competição, obrigará o time a vencer por dois gols de diferença em casa. Melhor para o Galo, do genial Ademílson, que “deixou saudades” no Botafogo e no Fluminense.

Pinga fora do Al Gharrafa

A negociação, tão aguardada pelo público bebum, não aconteceu. O meia do Inter vai jogar, a partir de janeiro, no Al Wahda, dos Emirados Árabes, clube para o qual será cedido por seis meses.


Veloz, habilidoso e por diversas vezes envolvido em atividades paralelas. Esse é o argentino Raul Estevez, vulgo “Pipa”, ex-atacante de Boca Juniors, Racing, San Lorenzo e Acadêmica (POR), que já passou também pelo Botafogo. Após anunciar no começo do ano que sonhava em disputar provas da Dragster (modalidade automobilística), o jogador, de 29 anos, que já tem uma revista sobre o tema, agora se aventura numa marca de roupas para lá de fashion. E o futebol, Pipa, cadê?

Márcio Menezes é alternativo por natureza. Torcedor fanático do América, do Rio, é profissional de boliche e de futebol de mesa. Foi colunista do Globoesporte.com e hoje trabalha no Diário Lance. Escreve sobre futebol alternativo às quintas-feiras.

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