Por Lydia Gismondi
A trajetória do remo brasileiro nos últimos anos não tem feito jus à história de um dos esportes mais antigos e tradicionais do Brasil. Digo isto porque o esporte que deu origem, por exemplo, ao Flamengo, parece ter voltado à estaca zero depois de mais de 100 anos de prática no Brasil. O país, que já conquistou oito medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, está há 20 anos sem subir ao lugar mais alto do pódio e sem conseguir resultados expressivos.
O tempo de jejum coincide, não por acaso, com o tempo de gestão da atual direção da Confederação Brasileira de Remo. O presidente Rodney Bernardes, empresário e ex-remador, está no comando da seleção há 16 anos e é impossível separar a fase ruim do país nos últimos anos da direção da instituição.
Tudo bem que o Brasil nunca conseguiu chegar perto dos europeus. Mesmo com a geografia a seu favor e com todos os anos de tradição, o profissionalismo europeu acabou deixando sempre o Brasil e os países latinos, de uma forma geral, para trás. E olha que em muitos países da Europa o treinamento é muito prejudicado por causa do clima frio. Em alguns meses do ano, as lagoas congelam e impedem o treinamento dos remadores.
Mas, apesar de nunca chegar nem perto das primeiras colocações em Olimpíadas, o Brasil sempre teve seu destaque nas Américas, principalmente na década de 70, o auge do remo brasileiro. Das oito medalhas de ouro pan-americanas conquistadas, seis foram nos anos 70. A última foi em 1987, em Indianápolis, com os irmãos Ricardo e Ronald de Carvalho. De lá para cá, o remo brasileiro parece só andar para trás.
Como os outros esportes amadores do Brasil, o remo sofre com a falta de investimento. Mas a verdade é que nunca se teve muito. Pelo contrário. Antes, na época que o Brasil se destacava, existia menos apoio ainda. Agora, mal ou bem, tem o dinheiro repassado pela Lei Agnelo Piva. O fato é que o esporte há muitos anos não evolui. Antes do Pan do Rio, falou-se muito no fim do jejum de 20 anos da medalha de ouro, mas o que se viu foi uma atuação tímida, no limite para o ruim, com uma medalha de prata e duas de bronze.
O motivo para a fase ruim da seleção é uma sucessão de problemas que começam pela administração. A grande maioria dos remadores, principalmente do Rio de Janeiro, critica a direção da CBR. As acusações vão desde a má administração do dinheiro até nepotismo. O filho do presidente, Rodney de Araújo Jr, está no comando da seleção há uns 8 anos. Diferentemente do que acontece no futebol, a seleção não apresenta resultados bons há anos, mas o técnico continua lá, firme e forte.
O tempo de jejum coincide, não por acaso, com o tempo de gestão da atual direção da Confederação Brasileira de Remo. O presidente Rodney Bernardes, empresário e ex-remador, está no comando da seleção há 16 anos e é impossível separar a fase ruim do país nos últimos anos da direção da instituição.
Tudo bem que o Brasil nunca conseguiu chegar perto dos europeus. Mesmo com a geografia a seu favor e com todos os anos de tradição, o profissionalismo europeu acabou deixando sempre o Brasil e os países latinos, de uma forma geral, para trás. E olha que em muitos países da Europa o treinamento é muito prejudicado por causa do clima frio. Em alguns meses do ano, as lagoas congelam e impedem o treinamento dos remadores.
Mas, apesar de nunca chegar nem perto das primeiras colocações em Olimpíadas, o Brasil sempre teve seu destaque nas Américas, principalmente na década de 70, o auge do remo brasileiro. Das oito medalhas de ouro pan-americanas conquistadas, seis foram nos anos 70. A última foi em 1987, em Indianápolis, com os irmãos Ricardo e Ronald de Carvalho. De lá para cá, o remo brasileiro parece só andar para trás.
Como os outros esportes amadores do Brasil, o remo sofre com a falta de investimento. Mas a verdade é que nunca se teve muito. Pelo contrário. Antes, na época que o Brasil se destacava, existia menos apoio ainda. Agora, mal ou bem, tem o dinheiro repassado pela Lei Agnelo Piva. O fato é que o esporte há muitos anos não evolui. Antes do Pan do Rio, falou-se muito no fim do jejum de 20 anos da medalha de ouro, mas o que se viu foi uma atuação tímida, no limite para o ruim, com uma medalha de prata e duas de bronze.
O motivo para a fase ruim da seleção é uma sucessão de problemas que começam pela administração. A grande maioria dos remadores, principalmente do Rio de Janeiro, critica a direção da CBR. As acusações vão desde a má administração do dinheiro até nepotismo. O filho do presidente, Rodney de Araújo Jr, está no comando da seleção há uns 8 anos. Diferentemente do que acontece no futebol, a seleção não apresenta resultados bons há anos, mas o técnico continua lá, firme e forte.
Como ex-remadora, tenho que assumir que minha opinião é totalmente parcial, mas o que qualquer pessoa sabe é que em time que está ganhando não se mexe, mas no que está perdendo...
Lydia Gismondi tem a leve impressão que o Brasil
anda remando contra a maré. Foi atleta do Botafogo. Trabalhou na assessoria Media Guide, e atualmente é repórter do Globoesporte.com. Escreve sobre esportes aquáticos às quintas-feiras.
anda remando contra a maré. Foi atleta do Botafogo. Trabalhou na assessoria Media Guide, e atualmente é repórter do Globoesporte.com. Escreve sobre esportes aquáticos às quintas-feiras.
2 comentários:
Mulher, eu adorei o blog de vcs...
Muito bom mesmo...
estão de parabéns!
Seria importante uma matéria sobre o inquerito interno que estar acontecendo no flamengo sobre devio de verba pública do projeto "remo na escola" estão tentando abafar o caso + já estar no TCU , varios crimes foram cometidos e o acusado é o vp de remo e outros funcionários, os doc estão no conselho fiscal do clube , é muto importante p/ o remo que a impresa saiba o que acontece realmente no remo do clube, tudo isto começou depois da briga do vp de remo Raul com um dirigente do cob e diretor do fla, vcs deveriam fazer uma matéria
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