Rasheed Wallace, um dos principais nomes do Detroit Pistons (foto: Getty Images)Por Marcelo Monteiro
Os times seguem em seus preparativos da NBA, jogando pelo mundo afora. Aqui, a segunda parte das análises dos times (veja a primeira parte). Desta vez, as Divisões Central e Noroeste. Use a caixinha de comentários para opinar sobre a temporada. Quem você acha que será o MVP da temporada: Kobe, Nash, Nowitzki? E quem será o calouro do ano? Kevin Durant tem adversários?
DIVISÃO CENTRAL
DETROIT PISTONS
Vice-campeão do Leste na temporada passada, o Detroit segue com um elenco de peso e como um dos fortes candidatos ao título da Conferência (na minha opinião, o mais forte). Campeões há três anos, Billups, Hamilton, Prince e Rasheed Wallace seguem formando um quarteto de respeito. O time ainda sente a falta do ‘Mister Rebote’ Ben Wallace. Mas se Antonio McDyess ficar longe das lesões, a equipe terá força no garrafão. Uma das novidades é o calouro Rodney Stuckey, um armador escolhido na posição número 15 do draft e que muitos analistas consideram como um jogador de grande futuro.
CHICAGO BULLS
Com um elenco formado por jovens que ganharam experiências nas três últimas temporadas, o Chicago tem tudo para ser um dos times mais perigosos do Leste. À força defensiva do experiente Ben Wallace soma-se a juventude e talento de Ben Gordon e Luol Deng (21,4 e 18,6 pontos em média no último campeonato). E mais a precisão do armador Kirk Hinrich, exímio arremessador de três pontos (42,9% de aproveitamento em 2006/07), e a raça do argentino Nocioni. Com a adição do calouro Joakim Noah, ala-pivô campeão com Flórida, tem um grupo que pode chegar à final da Conferência.
INDIANA PACERS
Longe de ser o grande time da segunda metade dos anos 90, comandado por Reggie Miller, o Indiana corre o sério risco de amargar uma temporada negativa e ficar novamente fora dos playoffs. O destaque segue sendo Jermaine O’Neal, mas o jogador deixou claro o interesse de trocar de ares. Chegou a ter o nome comentado como reforço do Lakers, mas continua vestindo a camisa amarela do Leste. Sem possibilidade de escolher jogadores na primeira rodada do draft (transferiu os direitos para o Atlanta Hawks), contratou o ala-armador Kareem Rush, ex-Lakers. E espera que Mike Dunleavy seja mais consistente do que nos tempos de Golden State.
CLEVELAND CAVALIERS
Atual campeão do Leste – uma surpresa para muitos, inclusive para este escriba -, o Cleveland vem para a temporada 2007/08 sem novidade. Não contratou ninguém, cedeu suas escolhas no draft e não perdeu jogadores. Até agora...O problema do Cavs tem sangue nacional e cabelo grande: Anderson Varejão. O brasileiro é o protagonista de uma arrastada novela, que o tirou do Pré-Olímpico e que ainda não teve capítulo final. O jogador não acertou a renovação do contrato e tornou instável o ambiente do time durante a fase de preparação, da qual o ala-pivô não participou até agora. Mais maduro após derrotar o Detroit na final do Leste e travar diante do San Antonio na decisão da NBA, LeBron James segue como o diferencial do time. O astro defendeu publicamente a manutenção de Varejão. Só que empresário e diretoria não se entendem e o jogador, como sempre, pode ser o maior prejudicado. E o time, por tabela.
MILWAUKEE BUCKS
O time do gelado estado de Wisconsin tem um dos melhores arremessadores da NBA: Michael Reed. Mas a pontaria do cestinha (26,7 pontos em média em 2006/07) ainda precisa de ajuda dos companheiros para levar o Bucks a vôos mais altos. Com o direito da sexta escolha do draft, a diretoria deixou passar Joakim Noah e decidiu arriscar, indicando o chinês Yi Jianlian. Do ponto de vista comercial, uma escolha excelente. O maior mercado do mundo ser abriu para o Milwaukee. Mas do ponto de vista técnico, é uma incógnita. Diante de desavenças com dirigentes chineses, o clube demorou a assinar contrato com o ala. Para alguns analistas americanos, é um excelente jogador. Para mim, há a grande possibilidade de se transformar em um novo erro do Bucks, como foi escolher o australiano Andrew Bogut com número um do draft de 2005. Palpite: fica fora dos playoffs.
DIVISÃO NOROESTE
DENVER NUGGETS
Na primeira temporada integral com a presença de Allen Iverson, o Denver espera conseguir fazer frente aos gigantes San Antonio, Phoenix e Dallas. Se estivesse no Leste, seria mais fácil. Mas diante da força dos rivais do Oeste, é uma missão ingrata. O elenco é de nível. Iverson e Carmelo Anthony formam uma excelente dupla. E Kenyon Martin, Marcus Camby e Nenê dão um poder defensivo ao time. A surpresa foi a contratação de Stacey Augmon, de 39 anos. O ‘Plastic Man’, que teve excelentes momentos no Atlanta Hawks nos anos 90, interrompeu a aposentadoria de um ano e voltou às quadras. E o Denver vai precisar mesmo de muito jogo de cintura para derrotar os favoritos do Oeste. Mas tem time para chegar aos playoffs.
MINNESOTA TIMBERWOLVES
A temporada promete ser um pesadelo para os torcedores do Wolves. Depois de 12 anos, a torcida não verá mais Kevin Garnett com a camisa do time e o clube, liberado do salário astronômico do All Star, precisará de tempo para reformular o elenco. Com o que tem atualmente, vai lutar para escapar da lanterna da forte Conferência Oeste. O principal nome do elenco é Al Jefferson, que veio do Boston na negociação de Garnett. O grupo conta também com veteranos como Juwan Howard e Theo Ratliff. Pouco, muito pouco, para sonhar com os playoffs.
SEATTLE SUPERSONICS
Uma das grandes expectativas da temporada. A diretoria cedeu o experiente Ray Allen pelo quinto escolhido no draft (Jeff Green) e mais o inconstante Wally Szczerbiak E perdeu Rashard Lewis, por quem o Orlando pagou uma fortuna. Mas a esperança de dias melhores é Kevin Durant, número 2 do draft. O ala de 19 anos é considerado por muitos especialistas como um dos futuros astros da liga. O elenco é bem jovem (tem apenas dois jogadores com mais de sete anos de experiência na NBA – Kurt Thomas (ex-Knicks) e o próprio Szczerbiak). A temporada deve ser de aprendizagem, mas o horizonte do Supersonics é de céu de brigadeiro para os próximos campeonatos.
PORTLAND TRAIL BLAZERS
O que prometia ser uma temporada de sucesso para o Portland Trail Blazers virou um campeonato com um enorme ponto de interrogação. Com o direito de escolher o número 1 do draft, a diretoria do clube do Oregon optou pelo pivô Greg Oden. Mas o jovem precisou operar o joelho e está fora de toda a temporada. Sem Zach Randolph (cestinha e principal reboteiro do time em 2006/07), que foi o NY Knicks, a torcida espera que o jovem Brandon Roy, eleito o calouro da temporada passada, lidera o time em quadra. Mas não apostaria minhas fichas no Blazers para conseguir uma das oitavas vagas nos playoffs na disputadíssima Conferência Oeste.
UTAH JAZZ
Depois de alcançar a final do Leste – quem diria? -, o Jazz manteve a base do campeonato passado e se conseguir repetir o feito, deverá ficar satisfeito. O grupo tem um excelente armador - Deron Williams - e dois ótimos alas - Carlos Boozer (que falta faz no Cleveland!) e o Andrei Kirilenko. O problema é que o russo, após liderar a terra-natal ao título do Pré-Olímpico Europeu, manifestou publicamente o desejo de deixar a fria Salt Lake City. Ficou (por enquanto) e resta a dúvida sobre como será o ambiente no clube. Sem reforços de peso e perdas de peso (Okur continua e Baby foi para a Rússia), ainda está abaixo de Spurs, Mavs e Suns.
DIVISÃO CENTRAL
DETROIT PISTONS
Vice-campeão do Leste na temporada passada, o Detroit segue com um elenco de peso e como um dos fortes candidatos ao título da Conferência (na minha opinião, o mais forte). Campeões há três anos, Billups, Hamilton, Prince e Rasheed Wallace seguem formando um quarteto de respeito. O time ainda sente a falta do ‘Mister Rebote’ Ben Wallace. Mas se Antonio McDyess ficar longe das lesões, a equipe terá força no garrafão. Uma das novidades é o calouro Rodney Stuckey, um armador escolhido na posição número 15 do draft e que muitos analistas consideram como um jogador de grande futuro.
CHICAGO BULLS
Com um elenco formado por jovens que ganharam experiências nas três últimas temporadas, o Chicago tem tudo para ser um dos times mais perigosos do Leste. À força defensiva do experiente Ben Wallace soma-se a juventude e talento de Ben Gordon e Luol Deng (21,4 e 18,6 pontos em média no último campeonato). E mais a precisão do armador Kirk Hinrich, exímio arremessador de três pontos (42,9% de aproveitamento em 2006/07), e a raça do argentino Nocioni. Com a adição do calouro Joakim Noah, ala-pivô campeão com Flórida, tem um grupo que pode chegar à final da Conferência.
INDIANA PACERS
Longe de ser o grande time da segunda metade dos anos 90, comandado por Reggie Miller, o Indiana corre o sério risco de amargar uma temporada negativa e ficar novamente fora dos playoffs. O destaque segue sendo Jermaine O’Neal, mas o jogador deixou claro o interesse de trocar de ares. Chegou a ter o nome comentado como reforço do Lakers, mas continua vestindo a camisa amarela do Leste. Sem possibilidade de escolher jogadores na primeira rodada do draft (transferiu os direitos para o Atlanta Hawks), contratou o ala-armador Kareem Rush, ex-Lakers. E espera que Mike Dunleavy seja mais consistente do que nos tempos de Golden State.
CLEVELAND CAVALIERS
Atual campeão do Leste – uma surpresa para muitos, inclusive para este escriba -, o Cleveland vem para a temporada 2007/08 sem novidade. Não contratou ninguém, cedeu suas escolhas no draft e não perdeu jogadores. Até agora...O problema do Cavs tem sangue nacional e cabelo grande: Anderson Varejão. O brasileiro é o protagonista de uma arrastada novela, que o tirou do Pré-Olímpico e que ainda não teve capítulo final. O jogador não acertou a renovação do contrato e tornou instável o ambiente do time durante a fase de preparação, da qual o ala-pivô não participou até agora. Mais maduro após derrotar o Detroit na final do Leste e travar diante do San Antonio na decisão da NBA, LeBron James segue como o diferencial do time. O astro defendeu publicamente a manutenção de Varejão. Só que empresário e diretoria não se entendem e o jogador, como sempre, pode ser o maior prejudicado. E o time, por tabela.
MILWAUKEE BUCKS
O time do gelado estado de Wisconsin tem um dos melhores arremessadores da NBA: Michael Reed. Mas a pontaria do cestinha (26,7 pontos em média em 2006/07) ainda precisa de ajuda dos companheiros para levar o Bucks a vôos mais altos. Com o direito da sexta escolha do draft, a diretoria deixou passar Joakim Noah e decidiu arriscar, indicando o chinês Yi Jianlian. Do ponto de vista comercial, uma escolha excelente. O maior mercado do mundo ser abriu para o Milwaukee. Mas do ponto de vista técnico, é uma incógnita. Diante de desavenças com dirigentes chineses, o clube demorou a assinar contrato com o ala. Para alguns analistas americanos, é um excelente jogador. Para mim, há a grande possibilidade de se transformar em um novo erro do Bucks, como foi escolher o australiano Andrew Bogut com número um do draft de 2005. Palpite: fica fora dos playoffs.
DIVISÃO NOROESTE
DENVER NUGGETS
Na primeira temporada integral com a presença de Allen Iverson, o Denver espera conseguir fazer frente aos gigantes San Antonio, Phoenix e Dallas. Se estivesse no Leste, seria mais fácil. Mas diante da força dos rivais do Oeste, é uma missão ingrata. O elenco é de nível. Iverson e Carmelo Anthony formam uma excelente dupla. E Kenyon Martin, Marcus Camby e Nenê dão um poder defensivo ao time. A surpresa foi a contratação de Stacey Augmon, de 39 anos. O ‘Plastic Man’, que teve excelentes momentos no Atlanta Hawks nos anos 90, interrompeu a aposentadoria de um ano e voltou às quadras. E o Denver vai precisar mesmo de muito jogo de cintura para derrotar os favoritos do Oeste. Mas tem time para chegar aos playoffs.
MINNESOTA TIMBERWOLVES
A temporada promete ser um pesadelo para os torcedores do Wolves. Depois de 12 anos, a torcida não verá mais Kevin Garnett com a camisa do time e o clube, liberado do salário astronômico do All Star, precisará de tempo para reformular o elenco. Com o que tem atualmente, vai lutar para escapar da lanterna da forte Conferência Oeste. O principal nome do elenco é Al Jefferson, que veio do Boston na negociação de Garnett. O grupo conta também com veteranos como Juwan Howard e Theo Ratliff. Pouco, muito pouco, para sonhar com os playoffs.
SEATTLE SUPERSONICS
Uma das grandes expectativas da temporada. A diretoria cedeu o experiente Ray Allen pelo quinto escolhido no draft (Jeff Green) e mais o inconstante Wally Szczerbiak E perdeu Rashard Lewis, por quem o Orlando pagou uma fortuna. Mas a esperança de dias melhores é Kevin Durant, número 2 do draft. O ala de 19 anos é considerado por muitos especialistas como um dos futuros astros da liga. O elenco é bem jovem (tem apenas dois jogadores com mais de sete anos de experiência na NBA – Kurt Thomas (ex-Knicks) e o próprio Szczerbiak). A temporada deve ser de aprendizagem, mas o horizonte do Supersonics é de céu de brigadeiro para os próximos campeonatos.
PORTLAND TRAIL BLAZERS
O que prometia ser uma temporada de sucesso para o Portland Trail Blazers virou um campeonato com um enorme ponto de interrogação. Com o direito de escolher o número 1 do draft, a diretoria do clube do Oregon optou pelo pivô Greg Oden. Mas o jovem precisou operar o joelho e está fora de toda a temporada. Sem Zach Randolph (cestinha e principal reboteiro do time em 2006/07), que foi o NY Knicks, a torcida espera que o jovem Brandon Roy, eleito o calouro da temporada passada, lidera o time em quadra. Mas não apostaria minhas fichas no Blazers para conseguir uma das oitavas vagas nos playoffs na disputadíssima Conferência Oeste.
UTAH JAZZ
Depois de alcançar a final do Leste – quem diria? -, o Jazz manteve a base do campeonato passado e se conseguir repetir o feito, deverá ficar satisfeito. O grupo tem um excelente armador - Deron Williams - e dois ótimos alas - Carlos Boozer (que falta faz no Cleveland!) e o Andrei Kirilenko. O problema é que o russo, após liderar a terra-natal ao título do Pré-Olímpico Europeu, manifestou publicamente o desejo de deixar a fria Salt Lake City. Ficou (por enquanto) e resta a dúvida sobre como será o ambiente no clube. Sem reforços de peso e perdas de peso (Okur continua e Baby foi para a Rússia), ainda está abaixo de Spurs, Mavs e Suns.
Marcelo Monteiro mal chega a 1,70m, mas é mortal nas bolas de três. Torcedor fanático do Atlanta Hawks, trabalhou por nove anos em sites das Organizações Globo. Hoje, empresta seus conhecimentos à Textual Assessoria. Escreve sobre basquete às quartas-feiras.
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