Anderson vem jogando como volante no Manchester United (foto: AP)
Por Vitor Sérgio Rodrigues
Nas minhas muitas incursões como dirigente de times de futebol no CM e agora no FM (a maioria com sucesso, diga-se), minha primeira contratação sempre é um volante. Não um volante do tipo Rômulo, Jaílton ou Léo Medeiros (para ficar só no meu time), mas um volante que dê ritmo e desafogue o time. Na recém-jornada que comecei com o Manchester City no Football Manager 2007, por exemplo, consegui um negócio da China, ao trazer Fernando Gago (no jogo, encostado no Real Madrid) por empréstimo, com opção (exercida) de compra.
Nos últimos 15 anos, não tem como fugir: se seu time quer ser bem sucedido, tem que ter volantes que saibam jogar. É líquido e certo. Nos grandes jogos, seus meias quase sempre caem na arapuca de volantes armada pelo treinador adversário e a bola acaba ficando grande parte do jogo nos pés dos volantes do seu time. Assim, no balanço dos títulos, levam a melhor os que têm na posição nomes como Redondo, Roy Keane, Scholes, Vieira, Rincón, Juninho Pernambucano, Pirlo, Cambiasso, Gerrard, Essien, Fábregas, Lucas, Gago e... Anderson.
Aí você me pergunta: Anderson, que Anderson? É esse mesmo. O Anderson, ex-Grêmio, protagonista da Batalha dos Aflitos, que todo mundo se acostumou a ver no Grêmio e no Porto jogando como meia-atacante. Está estranhando eu colocar o cara como volante, mas não se espante. Podemos estar vendo o nascimento do que, no futuro, pode ser o melhor volante do mundo.
Nos últimos dois jogos do Manchester United, na goleada sobre o Wigan por 4 a 0, no dia 6, e na vitória por 4 a 1 sobre o Aston Villa, no último sábado, Anderson atuou como volante. A primeira por necessidade, em virtude da contusão de Vidic (com Brown indo para a zaga e O’Shea para a lateral). A segunda por opção de Sir Alex Fergunson. Dentro do 4-4-2 que impera no Campeonato Inglês, Anderson atuou ao lado do veterano Paul Scholes, pela faixa central do campo, atrás dos dois jogadores abertos.
E foi muito bem. Ajudou muito na marcação, mas também chegou, com o imenso talento que tem, com propriedade no auxílio ao ataque. Participou ativamente de vários gols marcados pelo time dando, inclusive, assistência para um deles.
Com a visão e a competência que tem Ferguson, não é de espantar que essa improvisação (não seria uma adaptação?) esteja sendo bem sucedida. Agora eu chamo a atenção para o futuro. Por que não Anderson mudar de vez para a posição? Jogar mais atrás pode ser uma excelente opção para a carreira dele, tanto no Man Utd (arrumar lugar com C. Ronaldo, Giggs, Tevez e Rooney é complicado. E o Scholes está nas últimas), quanto na Seleção Brasileira (é mais fácil barrar o Mineiro como segundo volante ou arrancar a posição de um dos quatro: Kaká, Ronaldinho, Robinho ou nosso camisa 9 indefinido?).
Claro está que Anderson ainda precisa melhorar em termos de roubo de bola, posicionamento e senso de marcação. Mas vale o esforço, principalmente levando em conta o pulmão que ele tem. È uma alternativa maravilhosa que se abre para quem gosta do bom futebol. Copiando o amigo Thiago Dias, deixo uma pergunta: quem você preferiria como segundo volante da Seleção: Mineiro (que é até acima da média dos volantes brasileiros com a bola no pé) ou um jogador com a técnica do Anderson?
Nos últimos 15 anos, não tem como fugir: se seu time quer ser bem sucedido, tem que ter volantes que saibam jogar. É líquido e certo. Nos grandes jogos, seus meias quase sempre caem na arapuca de volantes armada pelo treinador adversário e a bola acaba ficando grande parte do jogo nos pés dos volantes do seu time. Assim, no balanço dos títulos, levam a melhor os que têm na posição nomes como Redondo, Roy Keane, Scholes, Vieira, Rincón, Juninho Pernambucano, Pirlo, Cambiasso, Gerrard, Essien, Fábregas, Lucas, Gago e... Anderson.
Aí você me pergunta: Anderson, que Anderson? É esse mesmo. O Anderson, ex-Grêmio, protagonista da Batalha dos Aflitos, que todo mundo se acostumou a ver no Grêmio e no Porto jogando como meia-atacante. Está estranhando eu colocar o cara como volante, mas não se espante. Podemos estar vendo o nascimento do que, no futuro, pode ser o melhor volante do mundo.
Nos últimos dois jogos do Manchester United, na goleada sobre o Wigan por 4 a 0, no dia 6, e na vitória por 4 a 1 sobre o Aston Villa, no último sábado, Anderson atuou como volante. A primeira por necessidade, em virtude da contusão de Vidic (com Brown indo para a zaga e O’Shea para a lateral). A segunda por opção de Sir Alex Fergunson. Dentro do 4-4-2 que impera no Campeonato Inglês, Anderson atuou ao lado do veterano Paul Scholes, pela faixa central do campo, atrás dos dois jogadores abertos.
E foi muito bem. Ajudou muito na marcação, mas também chegou, com o imenso talento que tem, com propriedade no auxílio ao ataque. Participou ativamente de vários gols marcados pelo time dando, inclusive, assistência para um deles.
Com a visão e a competência que tem Ferguson, não é de espantar que essa improvisação (não seria uma adaptação?) esteja sendo bem sucedida. Agora eu chamo a atenção para o futuro. Por que não Anderson mudar de vez para a posição? Jogar mais atrás pode ser uma excelente opção para a carreira dele, tanto no Man Utd (arrumar lugar com C. Ronaldo, Giggs, Tevez e Rooney é complicado. E o Scholes está nas últimas), quanto na Seleção Brasileira (é mais fácil barrar o Mineiro como segundo volante ou arrancar a posição de um dos quatro: Kaká, Ronaldinho, Robinho ou nosso camisa 9 indefinido?).
Claro está que Anderson ainda precisa melhorar em termos de roubo de bola, posicionamento e senso de marcação. Mas vale o esforço, principalmente levando em conta o pulmão que ele tem. È uma alternativa maravilhosa que se abre para quem gosta do bom futebol. Copiando o amigo Thiago Dias, deixo uma pergunta: quem você preferiria como segundo volante da Seleção: Mineiro (que é até acima da média dos volantes brasileiros com a bola no pé) ou um jogador com a técnica do Anderson?
Vitor Sérgio Rodrigues continua louco por CM, mesmo apanhando em casa. Trabalhou no Jornal dos Sports, Diário Lance, por onde cobriu as Olimpíadas de Atenas, e Globoesporte.com. Hoje, é comentarista da TV Esporte Interativo. Escreve no Por Esporte às terças-feiras.
2 comentários:
Vitão,
Não sei se o Anderson será um grande jogador, um grande cabeça-de-área.
Mas uma coisa eu tenho certeza: cabeça-de-bagre ele não é.
E estou contigo. Os volantes formam a espinha dorsal do time. Teoricamente, exercem a ligação defesa e ataque. Estatisticamente são os jogadores que mais tempo ficam com a bola nos pés.
Que tal então colocar um bom jogador para desempenhar tal função?
Acho que é assim que você e Sir. Alex Fergunson pensam.
Eu concordo.
Abraços Vitão,
pedro
obs: Da próxima vez que você for tomar um chope com o Fergunson, me chama...
É verdade, grande Pedro Ribeiro.
Volante que é inimigo da bola não dá mais.
E o Anderson não é assim.
Agora, Sir Alex Fergunson não deve beber chopp. Mas sim os vinhos mais caros do mundo... Mas vout te convidar...
Abraço,
Vitor Sergio
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