Marcelinho e o Fla terão pela frente times de aluguel (foto: divulgação)
Por Marcelo Monteiro
O futebol do Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro caminha para terminar no 0 a 0. Sem vaga na Libertadores para Botafogo e Vasco, mas também sem rebaixamento, com o Flamengo se garantindo no Maracanã (escrevo antes do jogo contra o líder São Paulo).
E o basquete da Cidade Maravilhosa? Depois de ficar anos sem ter ao menos um ginásio de nível A, o Rio agora conta com dois (a Arena Olímpica e o renovado Maracanãzinho). E os times? Pelo menos três torcidas dos grandes clubes poderão se animar a assistir às partidas do Estadual.
O Flamengo, o único do quarteto grande que manteve, aos trancos e barrancos, sua equipe em atividade nos últimos tempos, apostou suas fichas em Marcelinho. A dúvida: será que vai conseguir pagar o salário do astro e dos outros em dia? Ou vai pagar o dele e atrasar os dos outros?
Fluminense e Vasco apostaram na tática que começa a virar mania: fechar um acordo e importar um time inteiro de outro estado. O tricolor acertou uma parceira com o Minas Tênis Clube e vai contar no Estadual com um bom elenco, liderado pelo argentino Sucatzky.
O Vasco, depois dos anúncios do acordo e do cancelamento do acordo com a Saldanha da Gama, fechou com o Brasília (atual campeão brasileiro) e, no papel, vai ter o melhor time do Estadual, com Valtinho, Estevam, Arthur, Tony Harris. E o azarado e talentoso Alex, que mais uma vez viu o sonho da NBA ser adiado por uma lesão.
E ainda se comenta um acordo do Iguaçu com o Uberlândia.
O aluguel de times é o ideal? Lógico que não, mas serve para dar um alento aos amantes do esporte no estado e permitir a realização de clássicos, que não vinham acontecendo ultimamente com o afastamento de Vasco e Flu do Estadual. Se vai durar para o Brasileiro? Aí parece já querer demais. Os acordos não duram 30 meses, com a maioria dos contratos de aluguel. Se durarem três meses, já é muito.
Bandejas
- A derrota da seleção brasileira feminina para Cuba iniciou os questionamentos ao trabalho de Paulo Bassul. Não há dúvida que o desempenho da equipe no Pré-Olímpico ficou abaixo do esperado, mas o treinador já provou em outras oportunidades que tem qualidades. E precisa de tempo para realizar o tão necessário trabalho de renovação da equipe. O time hoje está em melhores mãos do que durante a gestão anterior.
- Thiago Splitter foi o eleito o MVP da Supercopa ABC, que marca o início da temporada do basquete na Espanha. O brasileiro comandou o Tau Ceramica ao título da competição e foi eleito pela segunda vez o melhor jogador da competição. O que só reforça aquela pergunta que não quer calar: como pode um time que tem o melhor sexto homem da NBA, um dos melhores jogadores do país campeão mundial e atletas em ação nos EUA ficar em quarto lugar na América, atrás (e perdendo duas vezes para cada!!!) dos reservas argentinos e de Porto Rico?
Marcelo Monteiro mal chega a 1,70m, mas é mortal nas bolas de três. Torcedor fanático do Atlanta Hawks, trabalhou por nove anos em sites das Organizações Globo. Hoje, empresta seus conhecimentos à Textual Assessoria. Escreve sobre basquete às quartas-feiras.
2 comentários:
Marcelo, belo tema pra reflexão este. Acho que as parcerias poderiam ser o começo de um investimento dos clubes para a modalidade, mas não é assim, infelizmente. Os convênios, ao invés de servirem como "alavanca", são apenas e então somente passatempos dos dirigentes de esporte amador que são reféns dos do futebol. parabéns, fábio balassiano.
Obrigado Fábio. Grande abraço
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