Por Marcelo Monteiro
Em 28 de junho, o Portland Trail Blazers anunciou em seu site oficial uma “noite histórica” para o clube. Com o direito de fazer a primeira escolha do draft da NBA, a equipe do Oregon optou por aquele que muitos analistas da liga consideram um dos melhores pivôs surgidos nos Estados Unidos nos últimos anos: Greg Oden.
Três meses depois, o entusiasmo não é o mesmo. Greg Oden operou o joelho direito e está fora da temporada. A lesão do número um do draft fez um fantasma voltar a atormentar Portland. Um fantasma com nome e sobrenome: Sam Bowie.
Talvez os mais novos não o conheçam, mas quem acompanhou a NBA nas décadas de 80 e 90, já deve ter ouvido falar. Os torcedores do Portland com mais de 30 anos nunca vão esquecer.
No draft de 1984, o Portland não teve tanta sorte como neste ano, mas conquistou a chance de fazer a segunda escolha. Ao Houston Rockets, coube o direito de indicar um jogador em primeiro lugar. Optou por um gigante importado da Nigéria que jogava na cidade, pela Universidade de Houston: Hakeem Olajuwon, que comandou o time a dois títulos da NBA, em 94 e 95, no vácuo deixado por Michael Jordan em sua frustrada aventura no beisebol.
Em seguida, veio o Trail Blazers. Seus olheiros observaram os jogadores espalhados pelos EUA, opinaram e a diretoria optou também por um pivô, que mostrava muito potencial na Universidade de Kentucky: Sam Bowie.
A opção pelo pivô acabou se tornando o maior erro já cometido por um time na história da liga profissional de basquete do EUA. Não só porque Bowie, que já tinha problemas físicos, somente conseguiu atuar por 28 jogos em média nas cinco temporadas em que defendeu o Portland, e se submeteu a cinco cirurgias neste período.
Três meses depois, o entusiasmo não é o mesmo. Greg Oden operou o joelho direito e está fora da temporada. A lesão do número um do draft fez um fantasma voltar a atormentar Portland. Um fantasma com nome e sobrenome: Sam Bowie.
Talvez os mais novos não o conheçam, mas quem acompanhou a NBA nas décadas de 80 e 90, já deve ter ouvido falar. Os torcedores do Portland com mais de 30 anos nunca vão esquecer.
No draft de 1984, o Portland não teve tanta sorte como neste ano, mas conquistou a chance de fazer a segunda escolha. Ao Houston Rockets, coube o direito de indicar um jogador em primeiro lugar. Optou por um gigante importado da Nigéria que jogava na cidade, pela Universidade de Houston: Hakeem Olajuwon, que comandou o time a dois títulos da NBA, em 94 e 95, no vácuo deixado por Michael Jordan em sua frustrada aventura no beisebol.
Em seguida, veio o Trail Blazers. Seus olheiros observaram os jogadores espalhados pelos EUA, opinaram e a diretoria optou também por um pivô, que mostrava muito potencial na Universidade de Kentucky: Sam Bowie.
A opção pelo pivô acabou se tornando o maior erro já cometido por um time na história da liga profissional de basquete do EUA. Não só porque Bowie, que já tinha problemas físicos, somente conseguiu atuar por 28 jogos em média nas cinco temporadas em que defendeu o Portland, e se submeteu a cinco cirurgias neste período.
O problema estava no jogador que o time preto, branco e vermelho deixou passar. O número três do draft de 1984 havia sido campeão olímpico pouco antes, em Los Angeles, e mostrava seu potencial na Universidade de North Carolina, pela qual foi campeão da NCAA. Você já deve saber de quem estou falando. Ainda não? Mais uma dica: com ele, o Chicago Bulls se tornou sinônimo de basquete ao redor do mundo e conquistou milhões de torcedores por todo o planeta.
Sim. O Portland havia perdido o trem da história ao recrutar Sam Bowie e deixar para o Chicago a possibilidade de contratar Michael Jordan. As desculpas dos dirigentes do Trail Blazers foram muitas: ninguém sabia que Michael seria, um dia, Michael; precisávamos de um pivô; tínhamos Clyde Drexler para a posição.
Ok. Drexler era excelente, mas Jordan era Jordan.
O Portland perdeu a chance de ter em suas fileiras o melhor jogador de todos os tempos e ainda teve que ver o renegado impedir que o time conquistasse o título de 92, comandando o Chicago à vitória na decisão por 4 a 2.
A lesão de Greg Oden fez vários torcedores temerem que o pesadelo volte a tomar forma. Se Oden era uma unanimidade meses antes do draft, essa percepção foi diminuindo com o tempo e alguns analistas chegaram a defender que Kevin Durant seria a melhor escolha para o topo da lista do draft. O Seattle, com a bolinha dois nas mãos, não teve dúvidas e indicou o ala, cujo talento é elogiado por dez entre dez especialistas em NBA.
Será que o fantasma Sam Bowie voltará a atormentar Portland, agora rebatizado de Greg Oden? Só o tempo dirá.
Bandejas
- O Pré-Olímpico feminino das Américas começa nesta quarta-feira, na cidade chilena de Valdívia. (Por que em Valdívia, não me pergunte). Com um time formado por estrelas da WNBA, os Estados Unidos não devem ter maiores dificuldades para ficar com a solitária vaga para Pequim em jogo. Ao Brasil, o torneio serve como ponto de partida para Paulo Bassul começar a implantar seu trabalho de renovação, preparando o time para o Pré Mundial, quando cinco vagas estarão em disputa e o Brasil tem totais condições de se classificar.
Sim. O Portland havia perdido o trem da história ao recrutar Sam Bowie e deixar para o Chicago a possibilidade de contratar Michael Jordan. As desculpas dos dirigentes do Trail Blazers foram muitas: ninguém sabia que Michael seria, um dia, Michael; precisávamos de um pivô; tínhamos Clyde Drexler para a posição.
Ok. Drexler era excelente, mas Jordan era Jordan.
O Portland perdeu a chance de ter em suas fileiras o melhor jogador de todos os tempos e ainda teve que ver o renegado impedir que o time conquistasse o título de 92, comandando o Chicago à vitória na decisão por 4 a 2.
A lesão de Greg Oden fez vários torcedores temerem que o pesadelo volte a tomar forma. Se Oden era uma unanimidade meses antes do draft, essa percepção foi diminuindo com o tempo e alguns analistas chegaram a defender que Kevin Durant seria a melhor escolha para o topo da lista do draft. O Seattle, com a bolinha dois nas mãos, não teve dúvidas e indicou o ala, cujo talento é elogiado por dez entre dez especialistas em NBA.
Será que o fantasma Sam Bowie voltará a atormentar Portland, agora rebatizado de Greg Oden? Só o tempo dirá.
Bandejas
- O Pré-Olímpico feminino das Américas começa nesta quarta-feira, na cidade chilena de Valdívia. (Por que em Valdívia, não me pergunte). Com um time formado por estrelas da WNBA, os Estados Unidos não devem ter maiores dificuldades para ficar com a solitária vaga para Pequim em jogo. Ao Brasil, o torneio serve como ponto de partida para Paulo Bassul começar a implantar seu trabalho de renovação, preparando o time para o Pré Mundial, quando cinco vagas estarão em disputa e o Brasil tem totais condições de se classificar.
- Varejão ainda não renovou com o Cleveland Cavaliers. Uma novela que se arrasta e impediu o jogador de defender o Brasil no Pré-Olímpico. O jornal espanhol “Sport” fala que o ala-pivô tem uma proposta de US$ 2 milhões do Khimki Moscou (Rússia). O Cavs ofereceria US$ 1,2 milhão. Sinceramente, trocar a exposição da NBA pela Rússia? Não sei se vale a grana a mais.
Marcelo Monteiro mal chega a 1,70m, mas é mortal nas bolas de três. Torcedor fanático do Atlanta Hawks, trabalhou por nove anos em sites das Organizações Globo. Hoje, empresta seus conhecimentos à Textual Assessoria. Escreve sobre basquete às quartas-feiras.
4 comentários:
Fala Marcelo:
Excelente texto. Agora imagina como seria Jordan e Clyde Drexler no mesmo time? Seria uma dupla infernal...
Sobre o Varejão, concordo que sair da NBA para ir para a Rússia é um baita retrocesso. Mas o Cavs oferecer US$ 1,2 milhão apenas é também uma vergonha. O Eric Snow vai ganhar mais de 6 milhões. Está certo o Varejão em bater o pé.
Abraço,
Vitor Sergio Rodrigues
Valeu Vitor. Realmente o Varejão precisa ser valorizado pelo Cavs. Abraço
Marcelo, parabéns pelo texto. Só queria colocar um pouco de molho nesta discussão, que não é tão simples quanto parece. O Dan Fegan é um dos empresários mais "malandros" e odiados pelas franquias da NBA, que, em contrapartida, tem uma relação de dependência com o cara (vide o caso do novo chinês, cuja intervenção do Fegan foi fundamental para a conclusão do caso) . Foi ele que conseguiu fábulas de dinheiro para Dampier, Troy Murphy, Jason Terry e outras babas. O Cleveland está querendo se cercar ao máximo para não pagar realmente o que ele, Fegan, pede (8 milhões), até porque o mercado da NBA, que se mostrava super-receptivo ao Varejão, já não aprensenta nada de concreto para o brasileiro. Ou seja, é uma briga inglória. O Fegan querendo grana pro seu cliente, e o Cleveland não querendo receber o atestado que o Golden State recebeu duas vezes: o de excelente pagador. O que na NBA não é, literalmente, um bom negócio... Espero nao ter exagerado, parabéns uma vez mais e um abraço. Fábio Balassiano
Caro Fábio. Como seu leitor no Rebote, é um grande prazer ver o seu comentário, sempre muito bem embasado e que amplia nossos conhecimentos. Você está corretíssimo. Realmente, acho que o Varejão e seu staff esperavam despertar mais interesse na liga. E não me surpreenderia se esse papo de Rússia for um blefe de seus empresários para tentar forçar uma negociação com o Cavs. Grande abraço. Marcelo
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