Há esperança. Mas ainda está escondida na sombra dos urubus. Difícil imaginar um time com a tradição e história do Corinthians se acabando totalmente, ou mesmo virando uma equipe sem força e apenas dessas que cumprem tabela. Provavelmente voltará com força a disputar e conquistar títulos. Para isso, há esperança. Mas ainda escondida na sombra dos urubus.
A esperança vive no talento de novos jogadores, que continuam surgindo. E precisam continuar surgindo. Porque os atuais, queiram ou não, terão de virar dinheiro para tapar buracos no cofre alvinegro. Como assim já aconteceu com William. Como deverá acontecer com Lulinha, Dentinho, entre outros.
Com um pouco de organização e tranqüilidade, até mesmo jogadores menos queridos, em alguns casos odiados mesmo, pela torcida, também poderão ajudar financeiramente. Ou vão dizer que não tem jogador brasileiro sendo exportado no mesmo nível de Rosinei e Betão, por exemplo?
Mas, se essas promessas mantêm o sonho corintiano vivo, os urubus ainda apavoram quem acompanha o clube alvinegro. Urubus que não se cansam de cometer os mesmos erros.
Pois nem bem uma parceria suja e falida foi pelos ares, chegam dirigentes sonhando com um empresário sei lá de onde, que ninguém conhece direito, mas que gostaria de injetar milhões para montar um grande time, construir estádio e fazer do Corinthians uma força mundial.
De novo? E vão cair na mesma conversa? Não será possível reconstruir o time com a força de sua marca, história e torcida, incluindo pobres mortais e figuras ilustres? Que mania triste de procurar um caminho curto para a glória.
Mania que faz o time merecer estar onde está. Ou melhor. Não merecer. Deveria estar em situação pior. Pagando por seus pecados. E não adianta dizer agora que foram poucos comandantes que levaram o time para o buraco. Pelo que me lembre, Kia dava autógrafos até pouco tempo atrás. Errou, tem de pagar. E se planejar para evitar os mesmos erros.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Acabar, não vai
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