César Cielo (esq) e Nicholas Santos (centro), estrelas do Pinheiros (foto: divulgação)
Por Lydia Gismondi
A coluna desta semana, na realidade, é um desabafo. Um desabafo de uma carioca decepcionada com a atual situação da natação no estado do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, a gente só escuta falar na rivalidade Pinheiros x Minas. No Troféu Brasil, chamado atualmente de "Troféu Maria Lenk", a questão é sempre se o Minas vai conseguir superar o Pinheiros ou não. Os clubes cariocas são meros coadjuvantes.
O Pan 2007 é um bom exemplo dessa diferença entre os clubes do Rio e os demais tradicionais pólos do esporte. Dos 35 atletas que participaram da melhor equipe de natação brasileira em Jogos Pan-Americanos, 27 eram de clubes de São Paulo, 5 de Minas, 1 de Santa Catarina, 1 de Pernambuco e 1 do Espírito Santo. Nenhum atleta do Pan do Rio era "da casa", ou seja, de clubes cariocas.
O último grande nome que o Rio de Janeiro teve na natação foi Mariana Brochado, atleta do Flamengo. Mas já tem um tempo que a nadadora não conquista resultados expressivos. Inclusive, Mariana não conseguiu nenhuma das duas vagas na sua especialidade (400m livre) para o Pan do Rio.
O Troféu Brasil, principal competição nacional, também mostra bem a decadência da natação carioca nos últimos anos. Na década de 70, as disputas pelos títulos ficavam sempre entre os clubes do Rio. De 67 até 77, o Flamengo garantiu 1 título, o Fluminense, 4, e o Botafogo, 5.
Na década de 80, veio a época da fartura do Flamengo. O clube carioca conquistou oito títulos consecutivos. Já Fluminense e Botafogo, foram sumindo aos poucos. Mas, na década de 90, é que realmente tudo começou a desandar para os times cariocas. Até como reflexo da crise do futebol no estado, nenhum clube do Rio conseguiu conquistar o título nacional.
Com a crise dos clubes cariocas, foi aberto o espaço para o início da rivalidade Pinheiros x Minas. De 90 a 98, os dois clubes praticamente se intercalaram na primeira posição do Troféu Brasil. Além disso, começou a crescer a quantidade de atletas que despontavam desses clubes para a seleção brasileira.
O Pan 2007 é um bom exemplo dessa diferença entre os clubes do Rio e os demais tradicionais pólos do esporte. Dos 35 atletas que participaram da melhor equipe de natação brasileira em Jogos Pan-Americanos, 27 eram de clubes de São Paulo, 5 de Minas, 1 de Santa Catarina, 1 de Pernambuco e 1 do Espírito Santo. Nenhum atleta do Pan do Rio era "da casa", ou seja, de clubes cariocas.
O último grande nome que o Rio de Janeiro teve na natação foi Mariana Brochado, atleta do Flamengo. Mas já tem um tempo que a nadadora não conquista resultados expressivos. Inclusive, Mariana não conseguiu nenhuma das duas vagas na sua especialidade (400m livre) para o Pan do Rio.
O Troféu Brasil, principal competição nacional, também mostra bem a decadência da natação carioca nos últimos anos. Na década de 70, as disputas pelos títulos ficavam sempre entre os clubes do Rio. De 67 até 77, o Flamengo garantiu 1 título, o Fluminense, 4, e o Botafogo, 5.
Na década de 80, veio a época da fartura do Flamengo. O clube carioca conquistou oito títulos consecutivos. Já Fluminense e Botafogo, foram sumindo aos poucos. Mas, na década de 90, é que realmente tudo começou a desandar para os times cariocas. Até como reflexo da crise do futebol no estado, nenhum clube do Rio conseguiu conquistar o título nacional.
Com a crise dos clubes cariocas, foi aberto o espaço para o início da rivalidade Pinheiros x Minas. De 90 a 98, os dois clubes praticamente se intercalaram na primeira posição do Troféu Brasil. Além disso, começou a crescer a quantidade de atletas que despontavam desses clubes para a seleção brasileira.
O Vasco, que nunca teve grande destaque na natação, parecia uma luz no fim do túnel no final da década de 90. O clube chegou a vencer por três anos consecutivos o Nacional. E, em 2002, como último suspiro carioca, o Flamengo conquistou o título, o último da natação do Rio até hoje.
De lá para cá, o que vimos foi um banho do Pinheiros com grandes nomes da seleção hoje como César Cielo, Flávia Delaroli e Nicholas Santos. O clube paulista não perde o título nacional desde 2003. Com Thiago Pereira e Gabriel Mangabeira, o Minas continua não deixando o Pinheiros descansar. Já os clubes cariocas, nem cosquinha têm feito nos paulistas. Que decepção!
Lydia Gismondi alerta: os clubes cariocas estão
morrendo na praia. Foi remadora do Botafogo. Trabalhou na assessoria Media Guide, e atualmente é repórter do Globoesporte.com. Escreve sobre esportes aquáticos às quintas-feiras.
morrendo na praia. Foi remadora do Botafogo. Trabalhou na assessoria Media Guide, e atualmente é repórter do Globoesporte.com. Escreve sobre esportes aquáticos às quintas-feiras.
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