Varejão ajudou Cavs, de LeBron James (esq), a chegar à final da NBA (foto: nba.com)
Por Marcelo Monteiro
Se você perguntar para dez jogadores de basquete do planeta onde eles gostariam de jogar, a resposta das dez será NBA. Apesar da má fase do basquete nacional, alguns brasileiros conseguiram realizar o sonho de atuar ao lado dos melhores jogadores do planeta. Atualmente, a liga conta com três representantes do Brasil. Leandrinho (em excelente fase no Phoenix Suns), Nenê (mais uma vez às voltas com problemas físicos) e Marquinhos, último dos reservas do New Orleans Hornets (dois minutos em quadra na temporada, zero ponto, zero rebote, zero assistência).
Mas não está faltando alguém? Um brasileiro não disputou a final da NBA na temporada passada, se tornando o primeiro a conseguir o feito? Sim, disputou. Mas, no momento, em vez de estar cruzando os EUA de Leste a Oeste atrás da bola laranja, está em Vitória (Espírito Santo), treinando para não perder ainda mais a forma física.
Se o sonho de dez em cada dez atletas da bola ao cesto é jogar na NBA, Anderson Varejão admite mudar de ares, fugindo da unanimidade. Em entrevista ao site da ESPN, o brasileiro afirma que não deseja continuar no Cleveland Cavaliers após as feridas causadas por meses de impasse sobre a ampliação do contrato. Seu desejo seria ser trocado, vestindo outra camisa na NBA. Mas não descarta fazer o caminho de volta, trocando a liga milionária pela Europa, onde defendeu com sucesso as cores do Barcelona.
Varejão diz não se sentir confortável em ganhar menos do que colegas de time que tiveram, em sua opinião, um desempenho inferior ao dele. E afirma apenas "querer ser tratado de forma justa. E acho que Danny não está fazendo isso".
O citado é Danny Ferry, ex-jogador do Cavs e Spurs e principal dirigente da equipe do estado de Ohio. Ele garante que a proposta feita pelo clube é muito boa para o jogador.
Varejão nega estar exigindo um salário anual na casa dos US$ 10 milhões, conforme noticiado por veículos de imprensa dos EUA. E teria recusado uma oferta de US$ 32 milhões por cinco anos de contrato (US$ 6,4 milhões anuais), segundo o ESPN.com.
O Cavs tem a seu favor o fato do jogador ter "passe livre restrito". Pela regra, tem direito a ficar com o atleta se igualar qualquer oferta feita por outra equipe. Para o Cavs, só interessa assinar um contrato de longa duração. Na próxima temporada, Varejão passa a ter 'passe livre irrestrito', liberado para acertar com qualquer time. Detalhe: Varejão tem contrato em vigor, mas o impasse sobre a ampliação do acordo afastou o jogador das quadras.
Varejão foi peça importante para o Cleveland ganhar o título da Conferência Leste na temporada passada. Nada mais lógico que seu agente desejasse capitalizar para seu cliente esse sucesso. A expectativa do staff do jogador era que vários times fizessem ofertas para contar com o ala-pivô. O Memphis Grizzlies teria mostrado interesse, mas diante da resistência do Cavs em não ceder o jogador, desistiu.
Agora, no mercado de rumores da NBA, se comenta o interesse do Miami Heat. Aos 25 anos, Varejão levaria força e juventude ao time, ajudando Shaquille O'Neal, que já sente os efeitos do passar dos anos.
O brasileiro é assessorado pelo agente Dan Fegan, considerado um dos mais duros negociadores da NBA. A questão é saber se até que ponto resistir e quando se deve ceder. Ter um ano sabático é uma faca de dois gumes. Ficar um ano parado tira o atleta dos holofotes e faz ele correr o risco de perder espaço. Mas se o Cavs, sem o brasileiro, não repetir a boa campanha do ano passado, sua falta pode ser muito sentida. E seu passe ser valorizado. Quem vai jogar a toalha? Façam suas apostas.
Bandejas
- Seguem minhas escolhas para o All-Star 2008:
Leste: Jason Kidd, Dwayne Wade, LeBron James, Kevin Garnett e Dwight Howard
Oeste: Steve Nash, Kobe Bryant, Dirk Nowitzki, Carmelo Anthony e Tim Duncan
E as suas? Escale seus times na caixinha de comentários.
- Se você optar por Tim Duncan como eu, saiba que o supercraque do San Antonio deverá ter que se contentar com o banco de reservas. Os bilhões de chineses dificilmente deixarão de garantir o posto para Yao Ming.
- Escolha rápido dois nomes desta lista: Allen Iverson, Kobe Bryant, Manu Ginobili, Steve Nash, Tony Parker, Tracy McGrady? É, fica difícil para Leandrinho arrumar uma vaga no All-Star com esses concorrentes pelas vagas de “guard” na seleção do Oeste.
Mas não está faltando alguém? Um brasileiro não disputou a final da NBA na temporada passada, se tornando o primeiro a conseguir o feito? Sim, disputou. Mas, no momento, em vez de estar cruzando os EUA de Leste a Oeste atrás da bola laranja, está em Vitória (Espírito Santo), treinando para não perder ainda mais a forma física.
Se o sonho de dez em cada dez atletas da bola ao cesto é jogar na NBA, Anderson Varejão admite mudar de ares, fugindo da unanimidade. Em entrevista ao site da ESPN, o brasileiro afirma que não deseja continuar no Cleveland Cavaliers após as feridas causadas por meses de impasse sobre a ampliação do contrato. Seu desejo seria ser trocado, vestindo outra camisa na NBA. Mas não descarta fazer o caminho de volta, trocando a liga milionária pela Europa, onde defendeu com sucesso as cores do Barcelona.
Varejão diz não se sentir confortável em ganhar menos do que colegas de time que tiveram, em sua opinião, um desempenho inferior ao dele. E afirma apenas "querer ser tratado de forma justa. E acho que Danny não está fazendo isso".
O citado é Danny Ferry, ex-jogador do Cavs e Spurs e principal dirigente da equipe do estado de Ohio. Ele garante que a proposta feita pelo clube é muito boa para o jogador.
Varejão nega estar exigindo um salário anual na casa dos US$ 10 milhões, conforme noticiado por veículos de imprensa dos EUA. E teria recusado uma oferta de US$ 32 milhões por cinco anos de contrato (US$ 6,4 milhões anuais), segundo o ESPN.com.
O Cavs tem a seu favor o fato do jogador ter "passe livre restrito". Pela regra, tem direito a ficar com o atleta se igualar qualquer oferta feita por outra equipe. Para o Cavs, só interessa assinar um contrato de longa duração. Na próxima temporada, Varejão passa a ter 'passe livre irrestrito', liberado para acertar com qualquer time. Detalhe: Varejão tem contrato em vigor, mas o impasse sobre a ampliação do acordo afastou o jogador das quadras.
Varejão foi peça importante para o Cleveland ganhar o título da Conferência Leste na temporada passada. Nada mais lógico que seu agente desejasse capitalizar para seu cliente esse sucesso. A expectativa do staff do jogador era que vários times fizessem ofertas para contar com o ala-pivô. O Memphis Grizzlies teria mostrado interesse, mas diante da resistência do Cavs em não ceder o jogador, desistiu.
Agora, no mercado de rumores da NBA, se comenta o interesse do Miami Heat. Aos 25 anos, Varejão levaria força e juventude ao time, ajudando Shaquille O'Neal, que já sente os efeitos do passar dos anos.
O brasileiro é assessorado pelo agente Dan Fegan, considerado um dos mais duros negociadores da NBA. A questão é saber se até que ponto resistir e quando se deve ceder. Ter um ano sabático é uma faca de dois gumes. Ficar um ano parado tira o atleta dos holofotes e faz ele correr o risco de perder espaço. Mas se o Cavs, sem o brasileiro, não repetir a boa campanha do ano passado, sua falta pode ser muito sentida. E seu passe ser valorizado. Quem vai jogar a toalha? Façam suas apostas.
Bandejas
- Seguem minhas escolhas para o All-Star 2008:
Leste: Jason Kidd, Dwayne Wade, LeBron James, Kevin Garnett e Dwight Howard
Oeste: Steve Nash, Kobe Bryant, Dirk Nowitzki, Carmelo Anthony e Tim Duncan
E as suas? Escale seus times na caixinha de comentários.
- Se você optar por Tim Duncan como eu, saiba que o supercraque do San Antonio deverá ter que se contentar com o banco de reservas. Os bilhões de chineses dificilmente deixarão de garantir o posto para Yao Ming.
- Escolha rápido dois nomes desta lista: Allen Iverson, Kobe Bryant, Manu Ginobili, Steve Nash, Tony Parker, Tracy McGrady? É, fica difícil para Leandrinho arrumar uma vaga no All-Star com esses concorrentes pelas vagas de “guard” na seleção do Oeste.
Marcelo Monteiro mal chega a 1,70m, mas é mortal nas bolas de três. Torcedor fanático do Atlanta Hawks, trabalhou por nove anos em sites das Organizações Globo. Hoje, empresta seus conhecimentos à Textual Assessoria. Escreve sobre basquete às quartas-feiras.
2 comentários:
Sem noção!!! Esse cara tinha que precisar de um órgão ou da ajuda de alguém que não se vendesse e implorar por ajuda, infeliz!
Não, não estou desejando de verdade, mas talvez ele aprendesse a ser mais humano!
Pra variar, gostei muito da coluna, mas tomei raiva desse homem! rs
Amo vc!
Beijos
Desculpa, postei na coluna errada!
*vergonha*
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