Virada sobre os Colts foi belo passo, mas temporada perfeita está longe (foto: NFL)
Por Vitor Sérgio Rodrigues
Os Estados Unidos pararam na tarde do último domingo para ver o Perfect Bowl, nome dado pela imprensa ao confronto entre o atual campeão da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL), o Indianapolis Colts, e o New England Patriots. O confronto foi chamado assim porque os dois times, que nutrem a maior rivalidade recente da NFL, com partidas sensacionais e eliminações dramáticas nos playoffs, chegaram à nona rodada invictos, algo inédito na história do campeonato.
O jogo foi excepcional. E vencido pelo Patriots em uma arrancada épica, já que o time perdia por 20 a 10 faltando menos de oito minutos para o fim. Virou com dois touchdowns derradeiros, no melhor estilo Tom Brady (que mesmo que não fosse o quarterback fora de série que é, teria o meu respeito apenas por diariamente dormir ao lado da Gisele Bündchen).
Assim que acabou, motivou o assunto do momento na Terra do Tio Sam: o Patriots tem condição de fazer a campanha perfeita nesta temporada, 19 vitórias e nenhuma derrota, até o título do Super Bowl em fevereiro? Isso porque enfrentar o fortíssimo Colts, na casa do adversário, era o obstáculo mais difícil na tabela do Patriots na temporada regular, que agora tem mais sete jogos. Na história da liga, isso só aconteceu uma vez, com o Miami Dolphins, em 1972.
Apesar da qualidade desse time, com a chegada de três receivers de qualidade, como Randy Moss, Donte’ Stallworth e Wes Walker, de ter novamente uma defesa sufocante e do fator Tom “He can do” Brady, acho difícil o New England alcançar o sonhado 19-0. Vou enumerar os motivos, em ordem de importância:
1 – Jogadores poupados – Quando o New England assegurar o mando de campo nos playoffs, é certo que o técnico Bill Belichick vai poupar muitos jogadores. O motivo é simples: para que arriscar lesões visando aos playoffs? Vale lembrar que se o Patriots terminar a temporada regular com 16-0 e não ganhar os três jogos seguintes, sendo campeão do Super Bowl, ninguém vai dar bola para o 16-0.
2 – Time visado – Depois do escândalo do começo da temporada, em que Belichick foi flagrado filmando o banco dos adversários (algo proibido na NFL) e da forma como o Patriots começou a temporada humilhando seus rivais em campo (nos primeiro nove jogos, a margem das vitórias foi de 23 pontos), todo mundo vai entrar em campo focado em vencer o Patriots. Hoje, a equipe é a mais odiada da NFL, algo semelhante ao que acontece com o New York Yankees no beisebol.
3 – Duas pedreiras fora de casa – A tabela do New England no geral é fácil. Tem quatro jogos tranqüilos de serem vencidos, contra Philadelphia Eagles, Miami Dolphis, New York Jets e Buffalo Bills, só o último fora de casa. Mas o time vai enfrentar também as duas melhores defesas da NFL: o Pittsburgh Steleers, em casa, e o Baltimore Ravens, fora de casa. Nesses dois jogos, além do sufoco para atacar, o Patriots ainda corre grave risco de perder alguém por lesão. A última partida da temporada, contra o New York Giants, fora, pode ser muito difícil se o rival depender do resultado para ir aos playoffs.
4 – Possíveis lesões – É praticamente impossível um time passar a temporada inteira sem uma lesão séria em um jogador importante. E o Patriots está ileso até agora. Se perder algum dos receivers, e/ou, principalmente, qualquer das estrelas da defesa, tudo fica complicado.
5 – Fraco jogo corrido – Não vai ser em todas as partidas que Tom Brady vai resolver sozinho pelo alto (principalmente contra as pedreiras citadas no item 3). E, quando isso acontecer, o Patriots está mal no jogo corrido. Kevin Faulk e principalmente Laurence Maroney estão deixando a desejar correndo com a bola. E a situação fica ainda mais complicada após a lesão de Sammy Morris.
O jogo foi excepcional. E vencido pelo Patriots em uma arrancada épica, já que o time perdia por 20 a 10 faltando menos de oito minutos para o fim. Virou com dois touchdowns derradeiros, no melhor estilo Tom Brady (que mesmo que não fosse o quarterback fora de série que é, teria o meu respeito apenas por diariamente dormir ao lado da Gisele Bündchen).
Assim que acabou, motivou o assunto do momento na Terra do Tio Sam: o Patriots tem condição de fazer a campanha perfeita nesta temporada, 19 vitórias e nenhuma derrota, até o título do Super Bowl em fevereiro? Isso porque enfrentar o fortíssimo Colts, na casa do adversário, era o obstáculo mais difícil na tabela do Patriots na temporada regular, que agora tem mais sete jogos. Na história da liga, isso só aconteceu uma vez, com o Miami Dolphins, em 1972.
Apesar da qualidade desse time, com a chegada de três receivers de qualidade, como Randy Moss, Donte’ Stallworth e Wes Walker, de ter novamente uma defesa sufocante e do fator Tom “He can do” Brady, acho difícil o New England alcançar o sonhado 19-0. Vou enumerar os motivos, em ordem de importância:
1 – Jogadores poupados – Quando o New England assegurar o mando de campo nos playoffs, é certo que o técnico Bill Belichick vai poupar muitos jogadores. O motivo é simples: para que arriscar lesões visando aos playoffs? Vale lembrar que se o Patriots terminar a temporada regular com 16-0 e não ganhar os três jogos seguintes, sendo campeão do Super Bowl, ninguém vai dar bola para o 16-0.
2 – Time visado – Depois do escândalo do começo da temporada, em que Belichick foi flagrado filmando o banco dos adversários (algo proibido na NFL) e da forma como o Patriots começou a temporada humilhando seus rivais em campo (nos primeiro nove jogos, a margem das vitórias foi de 23 pontos), todo mundo vai entrar em campo focado em vencer o Patriots. Hoje, a equipe é a mais odiada da NFL, algo semelhante ao que acontece com o New York Yankees no beisebol.
3 – Duas pedreiras fora de casa – A tabela do New England no geral é fácil. Tem quatro jogos tranqüilos de serem vencidos, contra Philadelphia Eagles, Miami Dolphis, New York Jets e Buffalo Bills, só o último fora de casa. Mas o time vai enfrentar também as duas melhores defesas da NFL: o Pittsburgh Steleers, em casa, e o Baltimore Ravens, fora de casa. Nesses dois jogos, além do sufoco para atacar, o Patriots ainda corre grave risco de perder alguém por lesão. A última partida da temporada, contra o New York Giants, fora, pode ser muito difícil se o rival depender do resultado para ir aos playoffs.
4 – Possíveis lesões – É praticamente impossível um time passar a temporada inteira sem uma lesão séria em um jogador importante. E o Patriots está ileso até agora. Se perder algum dos receivers, e/ou, principalmente, qualquer das estrelas da defesa, tudo fica complicado.
5 – Fraco jogo corrido – Não vai ser em todas as partidas que Tom Brady vai resolver sozinho pelo alto (principalmente contra as pedreiras citadas no item 3). E, quando isso acontecer, o Patriots está mal no jogo corrido. Kevin Faulk e principalmente Laurence Maroney estão deixando a desejar correndo com a bola. E a situação fica ainda mais complicada após a lesão de Sammy Morris.
Após três títulos do Super Bowl e a virada de domingo, aprendi a não duvidar de Tom Brady. Mas acho que, por isso tudo, os hoje velhinhos do time do Miami Dolphins de 1972, vão se reunir mais uma vez para comemorar, como fazem anualmente, uma semana depois que o último time invicto cai na NFL.
Vitor Sérgio Rodrigues sabe que ninguém é perfeito. Exceto a Gisele Bündchen. Trabalhou no Jornal dos Sports, Diário Lance, por onde cobriu Atenas 2004, e Globoesporte.com. Hoje, é comentarista da TV Esporte Interativo. Escreve no Por Esporte às terças-feiras.
Um comentário:
Aonde que os Pats não estão correndo bem? O fato de o time correr bem menos do que os outros times não faz com que o time se torne fraco no jogo corrido. Lawrence Maroney teve média de 4 jardas no jogo domingo correndo para 59 jardas em 15 tentativas. Kevin Falk também teve essa mesma média e Heath Evans correu uma única vez para 3 jardas. Addai correu 26 vezes para 112 jardas com média de 4,3 por tentativa. A diferença não foi tão grande assim não...
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