Diretoria do Tricolor paulista não tem o direito de tripudiar (foto: divulgação)
Falando especificamente sobre futebol, aquele jogado lá dentro de campo, o São Paulo sobrou neste campeonato. E, quando deu uma leve fraquejada, não teve quem o assustasse. Lembro das quatro rodadas que antecederam São Paulo x Cruzeiro.
Com partidas difíceis, os são-paulinos somaram apenas quatro pontos contra Inter, Flamengo, Corinthians e Fluminense. Mas os cruzeirenses bobearam e, mesmo jogando três vezes em casa, somaram apenas dois pontos contra Figueirense, Santos, Goiás e Náutico. Resultado, chegaram ao confronto no Morumbi com 11 pontos de desvantagem para os são-paulinos.
Por Alexandre Mortari
Aquela conversa sobre a importância de saber perder é bastante comum. Não com a mesma freqüência, ouve-se falar que também é importante saber vencer. Há ocasiões que nos trazem essa segunda opção à mente.
O São Paulo precisa saber vencer e ser justo. E não tripudiar sobre um antigo parceiro. Pois, para quem não se lembra, e se eu me lembro bem, foi o time tricolor, ao lado do Flamengo, os dois principais motores da criação do Clube dos 13.
Na época, os são-paulinos comandados por Carlos Miguel Aidar, e os rubro-negros por Márcio Braga. Unidos, os clubes peitaram a CBF e criaram a Copa União, sendo que a primeira divisão do tal torneio foi vencida pelo Flamengo (infelizmente o duelo decisivo Flamengo x São Paulo, os dois melhores times da época, foi abortado).
Então, se apoiou a Copa União, foi um dos principais responsáveis por ela, e certamente teria tomado a mesma atitude que a do Flamengo, em não enfrentar Sport e Guarani, como pode agora alguns dirigentes são-paulinos tirarem um barato com os rubro-negros?
Não digo que a diretoria do São Paulo deva recusar o troféu dado pela CBF, afinal os dirigentes devem uma resposta aos torcedores do time tricolor. Mas a questão é apenas não ficar a todo o momento querendo tripudiar dizendo-se ser o único pentacampeão nacional. Porque, inclusive, só alimenta uma discussão chata demais.
Em campo
O São Paulo precisa saber vencer e ser justo. E não tripudiar sobre um antigo parceiro. Pois, para quem não se lembra, e se eu me lembro bem, foi o time tricolor, ao lado do Flamengo, os dois principais motores da criação do Clube dos 13.
Na época, os são-paulinos comandados por Carlos Miguel Aidar, e os rubro-negros por Márcio Braga. Unidos, os clubes peitaram a CBF e criaram a Copa União, sendo que a primeira divisão do tal torneio foi vencida pelo Flamengo (infelizmente o duelo decisivo Flamengo x São Paulo, os dois melhores times da época, foi abortado).
Então, se apoiou a Copa União, foi um dos principais responsáveis por ela, e certamente teria tomado a mesma atitude que a do Flamengo, em não enfrentar Sport e Guarani, como pode agora alguns dirigentes são-paulinos tirarem um barato com os rubro-negros?
Não digo que a diretoria do São Paulo deva recusar o troféu dado pela CBF, afinal os dirigentes devem uma resposta aos torcedores do time tricolor. Mas a questão é apenas não ficar a todo o momento querendo tripudiar dizendo-se ser o único pentacampeão nacional. Porque, inclusive, só alimenta uma discussão chata demais.
Em campo
Falando especificamente sobre futebol, aquele jogado lá dentro de campo, o São Paulo sobrou neste campeonato. E, quando deu uma leve fraquejada, não teve quem o assustasse. Lembro das quatro rodadas que antecederam São Paulo x Cruzeiro.
Com partidas difíceis, os são-paulinos somaram apenas quatro pontos contra Inter, Flamengo, Corinthians e Fluminense. Mas os cruzeirenses bobearam e, mesmo jogando três vezes em casa, somaram apenas dois pontos contra Figueirense, Santos, Goiás e Náutico. Resultado, chegaram ao confronto no Morumbi com 11 pontos de desvantagem para os são-paulinos.
Se não houver problema como os dos amortecedores do Morumbi em 1994, ano que abriu uma má fase tricolor, ou então os adversários não se organizarem melhor, o futuro próximo ainda terá muitos títulos para a torcida são-paulina.
Alexandre Mortari é veterano nos estádios da terra da garoa. Trabalhou na Rádio Globo, no UOL e na agência MBPress. Hoje, é web editor do MSN. Escreve sobre futebol paulista às sextas-feiras (às vezes, atrasa).
Um comentário:
A discussão é chata e só serve para irritar os flamenguistas. Alguns caem nessa provocação, o que rende boas risadas aos rivais.
De fato, o Flamengo foi campeão da "primeira divisão" daquele ano. Mas de direito, oficialmente, o Sport é o campeão, reconhecido pela CBF, Fifa e todas as instituições cabíveis. Ou seja, a capa da Folha de S. Paulo de 1° de novembro estava certa: São Paulo é o primeiro pentacampeão brasileiro.
Vale o que está no papel, e não o que está no imaginário de algumas pessoas. O Flamengo teria que disputar o quadrangular com Guarani, Sport e Inter. Estava assinado. Não interessa se o representante que assinou era o Eurico Miranda, e o Eurico traiu a instituição que representava (o Clube dos 13). Estava assinado, era legítimo, tinha que ser cumprido.
No ano seguinte, Guarani e Sport disputaram a Taça Libertadores. Flamengo e Inter não.
Infelizmente (ou felizmente), vale o que está no papel. Concordo com o colunista: a diretoria do São Paulo não pode tripudiar. Mas a diretoria do Flamengo também erra ao fazer o time entrar com aquela camisa ridícula "Mengão é penta" no jogo contra o Cruzeiro e alimentar essa discussão.
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