Afonso com cara de "e agora, vão falar o quê?" (foto: reuters)
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Por Thiago Dias
Eu já vi o Muro de Berlim cair, um presidente ser deposto após manifestação popular e um ex-operário ser eleito anos depois. Estive nos escombros do World Trade Center, andei na Calçada da Fama de Hollywood e tirei foto com o Mickey. Estive presente no gol mil (e outros tantos) de Romário, no tri de Petkovic e na barriga de Renato Gaúcho.
Soube pela televisão que um tsunami devastou a Indonésia, o furacão Katrina destruiu New Orleans e que terremotos abalaram o Japão.
Na avenida, vi a multidão cantar “Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu”, uma comissão de frente com Frankensteins e só saí depois que vi a Portela passar. Fugi de arrastão no Arpoador, sentei ao lado de Drummond em Copacabana e passei do lado de Chico Buarque no Leblon.
Pisei em gramados de estádios no Japão, Argentina, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul. Vi dezenas de pessoas caírem da arquibancada do Maracanã. Fiz cara de dor quando o joelho de Ronaldo tentou rasgar a pele. Xinguei quando um cara do Bangu quebrou o Zico. Chorei quando Zidane fez dois de cabeça. Vibrei quando Baggio isolou.
Pelo jornal, me revoltei com a dança do mensalão. Na revista, apreciei um pouco além da dança do tchan. Ouvi Zeca Pagodinho quando ainda era magrinho, lembro da primeira aparição de Claudinho e Buchecha no programa da Furacão 2000. Fui ao último Rock in Rio, visitei o Terra Encantada quando ainda pensavam que ia ser a Disney.
Devo ter visto mais coisas, afinal o ritmo do mundo está acelerado. Mas nunca imaginei que poderia ver, em toda a minha vida, o que está no vídeo abaixo:
O Afonso fez sete gols em uma partida. Parem, que eu quero descer.
Soube pela televisão que um tsunami devastou a Indonésia, o furacão Katrina destruiu New Orleans e que terremotos abalaram o Japão.
Na avenida, vi a multidão cantar “Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu”, uma comissão de frente com Frankensteins e só saí depois que vi a Portela passar. Fugi de arrastão no Arpoador, sentei ao lado de Drummond em Copacabana e passei do lado de Chico Buarque no Leblon.
Pisei em gramados de estádios no Japão, Argentina, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul. Vi dezenas de pessoas caírem da arquibancada do Maracanã. Fiz cara de dor quando o joelho de Ronaldo tentou rasgar a pele. Xinguei quando um cara do Bangu quebrou o Zico. Chorei quando Zidane fez dois de cabeça. Vibrei quando Baggio isolou.
Pelo jornal, me revoltei com a dança do mensalão. Na revista, apreciei um pouco além da dança do tchan. Ouvi Zeca Pagodinho quando ainda era magrinho, lembro da primeira aparição de Claudinho e Buchecha no programa da Furacão 2000. Fui ao último Rock in Rio, visitei o Terra Encantada quando ainda pensavam que ia ser a Disney.
Devo ter visto mais coisas, afinal o ritmo do mundo está acelerado. Mas nunca imaginei que poderia ver, em toda a minha vida, o que está no vídeo abaixo:
O Afonso fez sete gols em uma partida. Parem, que eu quero descer.
Qual o maior absurdo que você já viu?
Thiago Dias costuma ser interrompido no cinema por ligações de jornalistas gringos. Trabalhou no Lance. Hoje, é repórter do Globoesporte.com. Cobriu o título mundial do Inter e prepara um livro sobre o assunto. Escreve sobre futebol internacional às segundas-feiras.
2 comentários:
É meu chapa, eu poderia pensar em muitos absurdos aos quais tive a oportunidade de presenciar. Iria rir com alguns, me emocionar com um punhado e com certeza, me revoltar com a maioria. Sem dúvida nenhuma, de tudo que eu vi, NADA ME ESPANTARIA MAIS!!!!
Abraço
p.s. O texto está muito bom!!!!
queria lembrar de uma coisa mais absurda q isso no futebol, mas sinceramente nao consegui.
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