O domínio goiano é enorme, tendo em vista os números. Dos quatro times que começaram a competição, dois já estão garantidos no octogonal (Vila e CRAC), e um deve assegurar seu lugar no próximo domingo. O "patinho feio" da companhia foi o Itumbiara, que parou na segunda fase.
A regionalização da Série C demonstra ainda mais o poder da onda goiana. Dos dois grupos da terceira fase que repesentam o Centro-Sul do país, sairão quatro clubes para o octogonal, sendo três (75%) de Goiás. Rio de Janeiro (América), São Paulo (Bragantino) e Rio Grande do Sul (Ulbra) disputarão o outro lugar entre os oito melhores.
Rebaixado para a Terceirona ano passado, o Vila não poupou esforços para o retorno à Série B. Apostou na manutenção da base e se reforçou, formando um time experiente, que conta com uma linha de frente para lá de rodada, com Elvis (ex-Bota e Vitória) e Alex Oliveira (ex-Flu, Vasco e Atlético-PR) na armação, municiando Tulio Maravilha - que já está beirando o gol nº 800, e Wando, prata-da-casa, que já passou por Botafogo, Fluminense e Cruzeiro. Artur Neto é o treinador desde a segunda fase, quando substituiu Sérgio Cosme.
O Atlético segue em lua-de-mel com a sua torcida. Campeão goiano após 19 anos de jejum, o Dragão manteve a base e vem mostrando bom futebol nesta Série C. Também não falta experiência ao ACG, que tem Jairo com xerife da zaga e conta com o talento de Anaílson no meio-campo. Na frente, Rodrigo Silva e Marquinhos têm dado conta do recado e têm lugar cativo no time de Sérgio Alexandre, assim como o volante Robston, forte e técnico, que chegou a ser sondado para jogar a Série A pelo Botafogo.
De Catalão veio a maior surpresa. Sem alarde, o CRAC montou um time equilibrado, com jovens valores e nomes de muita rodagem. O técnico Wladimir Araújo, ex-Marília, conta com os trintões Marcinho Mossoró (ex-Guarani) e Ronildo (ex-Botafogo, Lusa e Goiás) no meio, municiando o também ex-alvinegro Tico Mineiro e o talentoso Danilo Santos no ataque. Essa forte linha ofensiva, aliada a um sólido esquema com três zagueiros e a força de se jogar no Genervino Fonseca, um verdadeiro caldeirão, tem dado muito certo para o time azul e branco.
Exagero ou malandragem?
Quando você acha que já viu tudo no futebol, dá de cara com a vitória por W.O do Bangu sobre o Bonsucesso, devido ao seguinte fato: um dos enfermeiros do Bonsuça não estava com a carteira do conselho regional da profissão. O time da Leopoldina contesta e irá à justiça fazê-lo. Não posso garantir, mas parece uma baita forçada de barra da FERJ. Pelo jeito, caminhamos apenas para ter um novo "Caixa D'Água". Rubinho, não faz isso!
Mengão no fundo do poço
O Flamengo vive a pior crise de sua história. Não me atirem pedras, rubro-negros do Rio: refiro-me ao do Piauí, que após duas escovadas nas semifinais da Segundona piauiense para o Picos (3x0 e 5x1), deu adeus ao sonho de voltar à elite do estado. A equipe, uma das mais tradicionais da região, corre o risco até de fechar suas portas.
Mercado alternativo em movimento
Dois nomes respeitados da alternatividade conseguiram emprego esta semana. O atacante Ademílson (aquele que corria feito um alucinado, lembra dele?), ex-Botafogo e Fluminense, acertou com o Tupi (MG). Já o eterno ídolo do Palmeiras, o volante Galeano, já assegurou presença no próximo Paulistão. O jogador, que estava no Joinville, vai vestir a camisa do Sertãozinho no estadual mais rico do país.
Não tem jeito: clubes brasileiros seguem perdendo atletas para o exterior. Mas como você se sentiria se o destaque de seu time fosse embora seduzido por uma proposta "irrecusável" do poderoso futebol da Costa Rica? Então pergunte isso a um americano, que viu o meia-atacante Zada fazer as malas para defender a Liga Deportiva Alajuelense.
O Alajuelense é um dos grandes do futebol costarriquenho, ao lado do Saprissa, Herediano e Cartaginés. O time rubro-negro já faturou 24 vezes o título nacional, além de ter conquistado duas vezes o campeonato da Concacaf, em 1986 e 2004.
O novo time de Zada foi um dos fundadores da primeira Liga de Futebol da Costa Rica, em 1921. Seu estádio, o Alejandro Morera Soto, é muito bonito e tem o apelido de "Catedral do futebol de Costa Rica". É, praticamente, o Maracanã do Caribe.
A chegada do ex-rubro à Costa Rica promete um duelo alternativo: Zada versus Porras, goleiro imortalizado na última Copa do Mundo, que defende o Saprissa, rival do Alajuelense.
Um comentário:
E agora parceiro, sem o Zada? E a sua vida agora rapaaaaaaaaz?
Belo texto. Abração do amigo Marcelo
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